Alguém tinha acabado de abrir a porta do quintal e os faustosos galináceos exibiam-se perante os forasteiros. Mais à frente, alguém vindo da escuridão da “loja”, dispunha cuidadosamente ao sol… umas tantas espigas de milho. Foto aqui foto acolá, bom dia aqui e acolá! Dou comigo na penumbra da “loja”, rodeado de pipas e de copo na mão… o meio-dia ainda não chegou, mas uma recusa, não é bem vista nestas bandas! O meu anfitrião insistia para o acompanhar numa e mais noutra prova! … Sorte de outros companheiros de aventuras, que se fizeram aos copos…
O grupo progride serra acima, o céu manchado de branco é enganador. A paisagem pedregosa é rasgada aqui e ali por cascatas que derramam água com toda a intensidade, avistam-se pastos forrados com tapetes verdes… estamos para cá do Marão.
Recolhemos imagens e sons que acolhemos na nossa memória, para mais tarde a elas recorrer… em pleno buliço da cidade! Já no regresso da nossa jornada, voltamos a cruzar as ruelas da aldeia. Fim de tarde, o gado recolhe e cumprem-se velhas rotinas aproveitando o sol e a “passagem” pois claro!
Vida rural, dura e rotineira, celebrada com generosidade. Marcas vincadas nos gestos e rostos. Depressa chegará o dia em que os improvisados bancos ficarão vazios… sem ninguém para ver a “passagem”!
Resistirá o nosso testemunho?